segunda-feira, 5 de abril de 2010

Trabalhando, depois da Páscoa

Cada vez é mais difícil regressar ao trabalho depois de uma "espécie" de mini férias... ao descer a escada, ouço risos e gargalhadas (algo histéricas), digo "bom dia" e, após uma resposta enjoada (quiçá enojada), silêncio e algum cochicho... Para estas pessoas (duas...) todos os que aqui entram deviam vir fazer-lhes vénias (ou continência, sei lá), dar pinotes e gargalhadas... não percebem que cada um tem a sua vida e que estamos tão afastados, neste momento, que... sei lá, quanto menos aproximação, melhor...

As linhas acima estão rasuradas pois ao escrevê-las, apercebi-me do que se passava e poder-se-ia levantar uma questão:
"então, se é assim, porque não o faço?? Não sou a chefe cá do sítio?? Não devo prezar o bem estar ambiental??"
resposta: NÃO!
A partir do momento em que me f**** nas costas, NÃO!

Dentro de momentos vou chamar estas duas, e o resto, para a marcação das férias... momento sempre tenso e gerador de alguma controvérsia... ou não. Depois vou dizer umas coisas que ensaiei ao espelho... Espero não pôr os pés pelas mãos e não fazer o que faço sempre - não ser honesta nem comigo nem, com elas...
Tenho de, sem revelar aquilo que sei, dizer-lhes abertamente que não estou a gostar e que não à "nexexidade" de nos andarmos a tramar uns aos outros (se bem que unilateralmente...), tenho de ser honesta, honesta, honesta, honesta... não me posso deixar intimidar pelo respeito que sinto por estas pessoas, que não me respeitam, nem como pessoa nem como chefe... é aqui que as coisas têm de mudar... vão ter de re-aprender a respeitar-me, nem que seja através do meu (inexistente) autoritarismo! Mas é difícil, especialmente quando se trata de pessoas que não têm qualquer noção de escrúpulos ou respeito pelo próximo... apenas vêm alvos a abater e pessoas para se trepar por cima...
Por cima, tão depressa estão comigo como com elas... o que torna as coisas muito complicadas... pelo menos para mim... talvez nesse ponto também tenha de mudar, tenha de fazer com que me olhem como "gente grande" e não me perguntem a idade (31) e digam "Ainda és novinha"... não, não sou novinha! Tenho 2 filhos e tenho 31 anos! Sou adulta tal como todos os outros, tenho de assumir e ser assumida como tal!

Vamos ver como vai correr... imagino que irei causar umas grandes confusões... ditos e mexericos, "diz-que-disse", etc, sei que vão colocar palavras na minha boca que nunca disse, ou pelo menos não com a intenção que irão fazer passar... Vou enfrentar o(s) touro(s) (ou será vacas??) pelos cornos e logo se vê como vai ser o feedback :) 

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