... não obstante tudo aquilo que hoje vivemos...
Cada vez sinto-me mais portuguesa e distante do resto do mundo... não é bem isto que quero dizer! Quero dizer que vejo com, cada vez, mais nitidez aquilo que nos faz ser quem somos como povo. Sim, é isto mesmo!
Desde os nossos valores, à nossa história, a causadora de sermos quem hoje somos... e sem ela, História, nada temos!
Somo um povo velho, antigo... com valores intrínsecos à nossa natureza e indissociáveis da nossa forma de estar. Não somos melancólicos, não nos vejo assim... não acredito que o fado seja a nossa essência, nem hoje nem nunca. O fado é nosso, assim como a bossa é brasileira e o flamenco é espanhol. Não revela a nossa forma de estar na vida, mas sim uma tendência sonora... se somos considerados "melancólicos" terá, apenas, a ver com a História que faz parte da nossa estória... os marinheiros, os descobrimentos, o medo de ver partir e de recear não ver chegar... mas não somos realmente assim... Somos um povo que vive suspenso pela grandiosa História que jamais se repetirá (com as devidas actualizações). Mas somos, actualmente, um povo com uma amplitude de visão que muitos outros povo não têm! E a prova disso é toda a nossa internacionalização! Ou capacidade de "em Roma sermos romanos"! Sem, no entanto, perder o fado que há em nós... traduzindo: chegamos aos calcanhares dos outros, se nos deixarem, mas nunca deixamos totalmente de ser portugueses e de ter a essência lusitana cá dentro, por muito que nos esforçamos por não admitir! É quase como uma pronúncia regional que se quer tentar esconder, mas que está lá, numa ou noutra palavra...
E fica um vídeo de um músico português (não, não são os BZ) que traduz (para mim) tudo aquilo que eu quis aqui dizer por palavras, mas que está tão bem nesta música e vídeo...
Já era fã, mas cada vez sou mais! E nada tem a ver com as letras serem em inglês, já estou como o outro (MG) "num acidente de automóvel, o que interessa é quem vai lá dentro, não o carro"... Tem a ver com esta capacidade de, não perdendo a essência, ultrapassa muitos internacionais... de longe! Só é pena a mediatização ser em massa lá fora, e nós não termos a mesma capacidade de projecção... porque no que diz respeito a qualidade, é pá, conseguimos superar, atrevo-me a dizer!
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