Termino o ano com uma morte e inicio o ano com um funeral... O meu tio materno! O único irmão da minha mãe. O tio que eu fui procurar ao emprego para conhecer. O pai do meu primo direito, que sempre viajou na minha imaginação, desde a infância até à adolescência e idade adulta. O irmão com que a minha mãe esteve de costas voltadas durante 30 anos e que há uns 5 recuperou e retomou contacto.
67 anos e um AVC fulminante. Mais uma vez, um AVC fulminante.
Conheci o meu primo, 6 anos mais velho que eu, pelas piores razões: o funeral do pai. Tenho pena que ele, ao contrário de mim, nunca me tenha procurado... nunca sentiu a falta da prima, tinha outros primos. Eu senti a falta dele, sempre fui sozinha na minha infância. Infelizmente foi a morte do pai que nos juntou. Infelizmente foi depois da missa de 7º dia que juntou os nossos filhos. 3 dele e 2 meus.
Ficou a "promessa" de um reencontro, noutras condições, noutra altura. E espero que sim, que venha a acontecer.
No funeral chorei. Não pelo meu tio, com quem pouco convivi, mas pela minha tia, pelo meu primo, pelos filhos do meu primo e, principalmente, pela minha mãe. Foi triste, injusto e cruel, como todas as mortes são...
A vida dá 1001 voltas e não vale a pena perder tempos infinitos com coisas pequenas. Há que viver, aproveitar, tirar partido e gozar!
Sejam felizes!
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