Este link dá acesso a uma notícia horrível, e tem um vídeo ilustrativo da monstruosidade que aconteceu na China!
Eu não sei para onde está a nossa sociedade a dirigir-se... honestamente e ingenuamente, acho que caminhamos directamente para a beira de um precípicio que nos irá arremessar contra uma solidão de valores, dos quais apenas a preocupação para com o nosso próprio umbigo será a única coisa que teremos em conta...
A China é um País distante, com uma cultura muito diferentes e cujos valores morais e cívicos (acho que ambos se completam a partir do momentos em que fazemos, assumidamente, para de uma sociedade) - caraças, eles comem cães!!! - são muito diferentes dos nossos, ocidentais, no entanto colocam-se algumas questões... na notícia do link ali de cima, o caso de uma criança de 2 anos atropelada duas vezes e ignorada pelos transeuntes, a primeira questão que coloco é "Onde raios andam os pais?? Como deixam que a filha de 2 anos ande sozinha numa estrada com carros?", mas pelos visto esta questão não foi levantada... Depois, segue-se a óbvia: "Como é possível um carro não se desviar da criança?? E ainda sentir que pisou alguma coisa e fazer marcha atrás???"... e a derradeira: "Como é que as pessoas que passaram não socorreram a criança?? Por muito diferente que a cultura seja, somos todos seres humanos!!".
Tudo isto leva-me a pensar que nos estamos a transformar em monstros e que a única diferença entre o holocausto e situações destas é a ideologia, o resto, a frieza, o desinteresse e o desumanismo estão lá...
E depois eu tenho uma imaginação tão horrivelmente fértil e pronta a funcionar, que lembrei-me logo dos meus filhos... e de como, tal como uma galinha, abro as asas para os defender de todas as situações perigosas que possam ocorrer... não posso conceber que pais se descuidem a este ponto... acidentes acontecem, mas este é invulgarmente horrível!
Temos de parar e pensar na direcção que estamos a tomar... tudo é tão rápido, tão impossível de controlar... vivemos à velocidade da luz e caminhamos para um buraco negro. no fim da vida, olhamos para trás e verificamos que não vivemos... apenas, a certa altura, alguém carregou no botão e simplesmente começamos a produzir sem pensar e sem medir consequências dos nossos actos mecânicos.
Todas aquelas teorias de ficção científica, nas quais a inteligência artificial dominava o mundo e tal e coisa, não é de todo descabida, apenas o que difere é que essa inteligência artificial afinal é a nossa, como sociedade de produção em linha... quase sem sentimentos, indiferentes ao que se passa ao nosso lado, desde que, claro, possamos obter conforto dentro do nosso "umbiguismo unilateral"...
Começo a sentir-me pressionada por todos os lados, como que fechada num casulo do qual não consigo sair... por um lado a crise, por outro tudo aquilo que gostaria de fazer para me libertar do meu mundinho, e, de alguma forma, ajudar quem precisa... mas não posso, a minha conta bancária não me deixa... aliás, essa é a minha maior inimiga, pois limita-se a contribuir cada vez mais para o meu "umbiguismo unilateral", se bem que com características galináceas, ao contrário dos chineses e de muitos outros povos que só vivem para produzir...
Que revolta que sinto dentro de mim... se fosse cão estaria, com certeza, com sintomas de raiva, a espumar pela boca... o meu poder de reacção, ou de acção, é tão, mas tão limitado... faço parte desta sociedade que me estrangula em todos os aspectos... e cada vez me afundo mais e mais e sinto revoltada...
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