Livro de autoria de Violeta Hernando, que li quando tinha 13, 14 anos... escolhi-o pelo título, apenas... achei que era ideal, mas tinha de referenciar o livro, claro...
O que leva uma pessoa a pensar que mais vale morto que vivo? Qual é o último impulso que leva uma pessoa a puxar pelo gatilho de uma arma e, pum, matar-se? Coragem? Cobardia? Ambas? Sou apologista primeiro da coragem... depois, sim, a cobardia...
Na semana passada um homem de 40 anos cá do burgo terminou com a sua vida... foi encontrado morto, dentro do carro, com um tiro na cabeça... pensei logo que, na volta, tinha sido assassinato, sei lá... a partir do momento que existe um "Rei dos Gnomos" na zona... tudo e mais alguma coisa é possivel... Eu não conhecia o homem que se matou, apenas costumava vê-lo no carro quando ia pôr um puto à escola, acho que não era filho, pelo menos dele... devia ser filho da namorada, não sei... aquelas pessoas saltavam-me à vista por causa do carro que tinham... um carro que eu gostava de ter... a última vez que o vi, ao carro, foi no dia do suicídio, em frente à GNR...
Assim que soube do que se tinha passado, a minha inesgotável imaginação colocou-se imediatamente, e como sempre, na pele deste homem... o que levaria aquele desfecho? Pelo que julgo saber, e provavelmente será uma pontinha do iceberg, dívidas... mas continuo a perguntar-me... "mortos, ou coisa melhor"? O que passou na cabeça daquele homem?? Como terão sido os seus últimos minutos? Será que existiu um momento de arrependimento? Será que não havia outra solução? É um tema mórbido, mas eu sou assim, coloco-me logo na "pele" das pessoas, começo a imaginar tudo aquilo que ele poder
a ter sentido, pensado, o que o levou a dar um tiro na própria cabeça???? Ai, que confusão que me faz!!!
Tenho muita pena, tanta pena... morro de pena... que homem tão desiludido pela vida, que homem tão desesperado... e valerá a pena matar-se?? Não consigo imaginar, e acreditem que me esforcei mesmo muito, como foi o seu último minuto... e para quê que eu faço isto??? Perco horas à noite nestas deambulações mórbidas sem sentido...
R.I.P. - lamento que a vida não lhe tenha corrido melhor... sinceramente...
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